24.05.21
quando voltaram para Londres a Madre estava sempre a abraçá-los. mãe, o que tens? perguntaram. ao que Catherine respondeu: tenho tanto medo de ficar para aqui esquecida! sem vocês! eles abraçaram-na e disseram: se é o que preferes, vens connosco para todo o lado. ficaram os três a serenar naquele abraço. de repente, Rita acrescentou: menos para as aulas em Oxford! e riram. ainda temos um semestre de muito trabalho! disse Luca. e três bodas! exclamaram em uníssono. ainda bem que voltaram no Sábado, sempre podemos aproveitar para apresentar a Universidade a Luca, sugeriu a Madre. os recém-casados perguntaram se ainda havia catering durante o fim-de-semana, a mãe disse que sim a rir e aceitou aproveitar o tempo com os seus pombinhos, sem carros, nem comboios, nem avionetas. comeram o brunch juntos e deitaram-se nos sofás à volta da lareira a conversar. acabaram por adormecer naquela mornura pacífica. quando os jovens acordaram a mãe estava a amamentar uma ninhada de gatinhos. encontrei-os à porta de casa. pedi ajuda à vossa madrinha, a mãe da jovem designer, para também procurar a gata, mas ninguém sabe dela. estes quatro já têm casa para onde ir. ainda precisam de ser amamentados e eu tinha muito tempo livre. porque é que os tens enrolados em toalhas quentinhas, perguntou Rita, pegando num bebé e começando a amamentá-lo. por indicação da veterinária, para eles se sentirem tocados e protegidos. já cá estavam quando chegámos? não! exclamou a Madre. somos cinco madrinhas e vamos dividindo o tempo entre todas pois eles têm fome de duas em duas horas. pedi para trocar um turno, para vocês os conhecerem. quando eles estiverem a dormir não os acordem que eles precisam do repouso para se fortalecer.
(continua)