(capítulo #17)

com o motorista vinha a princesa Ana que, do alto dos seus quatorze anos, explicou que era a menina das alianças. Luca e o padrinho tinham ido de taxi. a jovem designer saiu de seguida, era a fotógrafa de serviço, o namorado esperava-a na sua moto de alta cilindrada. a mãe da jovem designer era a madrinha e avançou noutro taxi. restavam Rita e a mãe a quem a prima Ana fez rasgados elogios, vinha em representação da rainha e do consorte Real. o motorista abriu a porta às duquesas de Aberdeen e à jovem princesa. tudo com a precisão de um relógio Suíço. quando a noiva e a sua corte chegaram à conservatória, o noivo e os padrinhos esperavam-nas à porta. Luca e Rita entraram de mãos dadas, com a jovem Ana à frente, seguidos pela mãe e pelos padrinhos. havia pouca gente na rua, por conselho da Madre, Luca reservara as dez da manhã, contando que todos estariam nos seus empregos. houve quem tivesse reconhecido a princesa e as duquesas, mas era tão insólito que duvidaram da sua própria lucidez. como previsto, tudo decorreu calmamente.

(continua)

(capítulo #16)

tiveram o vosso pequeno-almoço romântico, venham lá que só temos mais uma hora até o motorista chegar, disse a mãe do alto das escadas. Rita seguiu a mãe e Luca subiu em último, queria que o dia da sua amada estivesse repleto de surpresas boas. quando a noiva chegou à sala, estavam à espera com um vestido exclusivo, concebido por ambas, a jovem designer e a mãe. o pai esperava Luca no quarto do jovem. Rita chorava de alegria. o vestido era branco, em corte de princesa, comprido, com o corpete bordado à mão. as amigas tinham trabalhado nele todo aquele mês, em que a Madre as incluíra, para fazer algo saído de um conto de fadas. a jovem designer penteou Rita com uma trança larga cheia de pequenas flores brancas, bordadas. sendo a noiva ruiva e sardenta tudo tinha de ser muito discreto. convenceste os tutores a darem-nos esta semana de propósito? sorriu Rita à mãe. proporcionou-se mas não foi intencional, respondeu a Madre, sorrindo. ou já te esqueceste o quanto estavam ambos derreados?

(continua)

(capítulo #15)

quando Rita acordou no dia seguinte, Luca já se tinha levantado há um bom bocado e descia agora as escadas, segurando um tabuleiro com o pequeno-almoço para ambos. vendo a sua amada acordada, pousou o manjar. colocou-se em frente a Rita, com um joelho no chão, perguntou: queres casar comigo hoje? e abriu uma pequena caixa de madeira, esculpida por ele, com o anel que a Madre lhe tinha entregue. a jovem abriu a boca para responder mas as lágrimas anteciparam-se e entre soluços disse: sim! claro que sim! mil vezes sim! e estendeu a mão direita, Luca colocou-lhe o anel no dedo, abraçou-a e sussurou-lhe ao ouvido: sim! mil vezes sim! o anel era em ouro branco, composto por uma generosa pérola rodeada por pequenos diamantes. a rainha e a Madre acertaram em cheio. Rita estava intrigada: como pode ser hoje? Luca explicou: porque reservei a hora na conservatória um mês antes de cá chegar, a Madre tem sido a minha aliada. e está tudo a postos. o motorista de Buckingham vem buscar-nos a seguir ao almoço. a rainha sabe!? exclamou a jovem. sim, daí o anel, sorriu Luca, a Madre disse que era imperativo dizer-lhe. mas para hoje alugámos um clássico e pensámos que gostarias que o motorista de Buckingham nos conduzisse.

(continua)