(capítulo #6)

Rita estava a agradecer mentalmente à Madre pela sua acutilidade em adivinhar o que lhe vai no coração. precisava tanto de estar sozinha. aquele ginásio secreto seria o seu quarto, o seu tudo. quando chegaram ao lar que lhes pertencia, a mãe adoptiva pediu: mostra-me todos os cantos da casa. a jovem disse: vou mostrar-te o teu recanto e depois o meu. a Madre ficou surpresa, Rita deu-lhe a mão e levou-a ao jardim coberto, nas traseiras da casa, com a estátua da deusa Diana. esta ficou boquiaberta com o encanto e todos os pormenores daquele espaço mágico. sorriu: tens razão, vou passar muito tempo neste lugar maravilhoso. e agora vou levar-te ao meu novo quarto, o meu tudo. e desceram para a cave onde estava o ginásio e um simpático futton para dormir no silêncio absoluto. os teus pais esmeraram-se! exclamou a Madre. bem-vinda a casa, disseram em simultâneo, com lágrimas nos olhos pela saudade que tinham deles.

(continua)

(capítulo #5)

tão boa a aluna que, ao entardecer, houve direito a um passeio a cavalo pelos jardins do palácio. a Madre ficou à janela a ver a filha adoptiva que tanta alegria lhe trazia, a lembrar a amizade com os pais biológicos e, finalmente, permitiu-se chorar a perda destes amigos queridos. conhecendo Rita, sabia que ela precisava de estar sozinha e, nesse momento, decidiu que no dia seguinte voltariam para a casa que ela herdara em Londres. de certeza que havia lá um ginásio onde ela estivera a manhã toda. era disso que ela mais precisava. ao jantar agradeceu a hospitalidade dos primos, e que esperavam voltar a vê-los no natal, estavam ambas bem e era hora de os deixar sossegados. a rainha retorquiu espontaneamente que era um prazer tê-las com eles. Rita estava a agradecer mentalmente à Madre pela sua acutilidade em adivinhar o que lhe vai no coração. precisava tanto de estar sozinha. aquele ginásio secreto seria o seu quarto, o seu tudo.

(continua)